D. Catarina Alves de Oliveira veio ao mundo em 1840, em meio às paisagens rústicas da Chapada dos Índios, hoje rebatizada como Cristinápolis, no coração de Sergipe. Filha de José Alves e Maria do Carmo Severina de Oliveira Alves, cresceu enraizada em uma família de tradições sólidas, sendo irmã de Félix Severino do Amor Divino. Seu caminho se entrelaçou ao de Maximiliano José de Oliveira Campos em um matrimônio que a levaria a novas fronteiras. Acompanhada do irmão Firmino Alves e das irmãs Antônia, Alexandrina e Eugênia, além da lembrança melancólica do irmão Vespasiano, perdido aos 19 anos, ela aportou em Itabuna, onde avós e tios já haviam estabelecido laços no bairro Bananeira, tornando-se uma pioneira em terras ainda por desbravar.
Em Itabuna, D. Catarina ascendeu como a primeira dama da sociedade local, uma presença marcante que moldou o destino da região. Com fervor e determinação, envolveu-se na luta pela emancipação do município, deixando um legado indelével. Sua visão altruísta a guiou na fundação de pilares comunitários como a capela de Santo Antônio, a igreja matriz de São José, a Santa Casa de Misericórdia e a Associação das Damas de Caridade, sendo também uma pioneira na Assistência Social. Cada iniciativa refletia sua alma generosa, tecendo uma rede de apoio que sustentaria gerações futuras.
Seu adeus chegou em 1920, quando D. Catarina partiu, deixando um legado vivo em seus muitos filhos e descendentes, cujas trajetórias iluminaram a comunidade. Entre eles, destacam-se Cherubim José de Oliveira e Cícero Alves de Oliveira, figuras que perpetuaram os ideais de serviço e dedicação herdados dela. Sua história, gravada nas fundações que ajudou a erguer e nas memórias de um povo, permanece como um testemunho de uma vida dedicada ao progresso e à fraternidade.
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