domingo, 25 de maio de 2025

Hélio Pólvora

Nascido em 1928, na cidade de Itabuna, sul da Bahia, Hélio Pólvora de Almeida construiu uma trajetória marcada pela dedicação às letras. Escritor, jornalista, crítico literário e tradutor, mudou-se em 1953 para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por três décadas. Foi nesse ambiente efervescente que iniciou sua carreira literária e consolidou-se também no jornalismo, sem jamais perder o vínculo com suas raízes baianas.

Sua estreia na literatura se deu em 1958, com a publicação de Os Galos da Aurora, obra que já revelava sua habilidade na construção de narrativas densas e sensíveis. Ao longo dos anos, lançou livros de contos como Estranhos e Assustados, O Grito da Perdiz e Massacre no Km 13, além do romance Inúteis Luas Obscenas, reafirmando-se como um dos grandes contistas da literatura brasileira contemporânea.

No jornalismo, sua atuação foi igualmente expressiva. Trabalhou em veículos como Correio Braziliense, Shopping News, foi crítico literário e de cinema no Jornal do Brasil e colaborador da revista Veja. No jornal A Tarde, da Bahia, exerceu as funções de editorialista e colunista. Publicou mais de 25 livros entre ficção e crítica literária, e seus contos atravessaram fronteiras, sendo traduzidos para idiomas como espanhol, inglês, francês, italiano, alemão e holandês.

De volta a Itabuna a partir de 1984, Hélio se manteve ativo no cenário cultural. Foi membro da Academia de Letras de Ilhéus, da Academia de Letras da Bahia e da Academia de Letras do Brasil. Criou e editou o jornal Cacau-Letras e, em 1987, fundou ao lado do jornalista Manoel Leal o semanário A Região. Faleceu em Salvador, no dia 23 de março de 2015, aos 86 anos, deixando um legado que eterniza sua voz na literatura brasileira.

Nenhum comentário: