quarta-feira, 2 de abril de 2025

Firmino Rocha


José Firmino Alves Rocha, mais conhecido como Firmino Rocha, nasceu em 7 de junho de 1919, em Itabuna, terra que carrega o legado de seu avô, o fundador Firmino Alves. Dotado de uma sensibilidade rara, emergiu como um dos poetas mais brilhantes da região, deixando sua marca tanto nas letras quanto na vida comunitária. Ainda jovem, envolveu-se na política estudantil e abraçou o Integralismo com fervor, enquanto em Salvador, onde se formou em Ciências e Letras, forjou sua voz poética. Suas obras, como "Fiz o Verso" (1961), "Poemas Com Muito Amor" (1961), "O Canto do Dia Novo" (1868) e "Momentos" (1969), revelam um coração que pulsava em versos, integrando-o à prestigiosa oficina lírica.

Entre suas criações, o poema "Deram Um Fuzil ao Menino" destaca-se como um hino à paz, gravado em bronze na sede da ONU e imortalizado em uma antologia internacional. Essa obra, nascida de sua pena sensível, transcendeu fronteiras, ecoando os anseios de um mundo mais humano. Além de sua contribuição literária, Firmino Rocha dedicou-se à Imprensa sul-baiana, onde suas palavras ajudaram a narrar e moldar a identidade da região, consolidando seu nome como um farol cultural em meio às paisagens cacaueiras.

Sua jornada terrena findou-se prematuramente em 1º de julho de 1971, aos 52 anos, na vizinha Ilhéus, deixando um vazio que suas estrofes ainda tentam preencher. O legado de Firmino Rocha permanece vivo nas páginas de seus livros e nas memórias de Itabuna, onde sua poesia continua a inspirar. Neto de um pioneiro, ele foi mais que um poeta: foi um cronista da alma, cuja voz, gravada em bronze e papel, ressoa como um convite à reflexão e à beleza.

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